4 de novembro de 2010

noite.

já diz o meu pai, « cada um deita-se na cama que faz. »
sabes o que lhe respondo? hoje fiz a cama para mim e para ti, mas deito-me sem ti, e a cama torna-se fria, vazia, o edredão vermelho de penas tornou-se preto e os lençóis coloridos e térmicos tornaram-se gelados e cinzentos. o quarto está escuro, e tu? tu tornaste-te incompreensível. a cama está compatível contigo, mas sou eu que lá me deito, com a esperança de que voltes compreensível e dês cor ao quarto e à cama.


boa noite.*

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